A Honda tinha o Fit, o monovolume que era referência em versatilidade para quem procurava um carro que fosse ideal para quem queira um carro digno familiar. Porém a marca japonesa resolveu tirar o modelo do seu portfólio. Até tentou deixar o WR-V em seu lugar, mas em 2020 a Honda retirou o aventureiro de linha.
A receita foi substituir com um carro a altura do Fit, aí entra o City Hatch para cumprir essa missão que o monovolume deixou. Para saber se ele está fazendo bem essa missão, fomos até São Paulo para conferir tudo que o Honda City hatchback tem a oferecer.
Nos deslocamos de Vitória até a capital paulista para passar alguns dias com a novidade da Honda. O City já é super conhecido em nosso mercado, o modelo chegou ao Brasil em 2009 tendo aí uma parcela para quem procurava um sedã compacto.
Agora o City hatchback chega para agradar o público do Fit porém sendo mais refinado que o seu antecessor.
O City
O Honda City chama atenção por seu design. Tem muito refinamento em comparação as gerações anteriores. No caso a versão cedida pela Honda do Brasil foi a Touring, versão top de linha do modelo.
Na dianteira vemos uma pitada da 10° geração do Civic, o que é bom, já que trás mais esportividade ao seu design. Sendo quase a mesma coisa que o sedã, a diferença fica na grade que é em forma de colmeia. Mas de resto é a mesma dianteira do sedã. Os faróis são mais afilados e escurecidos em Full-Led. Ainda conta com um grande friso cromado que liga a parte superior dos faróis.
Na lateral as linhas são bem sólidas porém bem expressivas, assim como a versão sedã. Aqui obviamente a diferença fica no caimento da coluna C.
Na traseira ele trás um requinte para o hatch, lembra muito um veículo premium. Tem aerofólio com break-light. As lanternas invadem a tampa do porta-malas. Elas são em Led com um tom mais escurecidos. O pára-choque traseiro é até liso, mas tem um corte nas laterais onde ficam os refletores traseiros.
Por dentro
A dúvida com certeza é se ele vai dar conta de agradar aos donos de Fit. A primeira questão é do porta-malas que perdeu tamanho. São 100 litros a menos em comparação. Porém ele surpreende no espaço interno, o que o Fit não era tão vantajoso. Quando se acomoda nos bancos traseiros é possível ver o generoso espaço para as pernas. Isso porque o entre eixos é maior que o Fit. Outra coisa são os bancos do City hatchback, que fica posicionado mais atrás, então tem mais espaço que o sedã. Vale ressaltar que a altura do teto prejudica um pouco por conta do caimento.
O City hatchback usa o sistema Magic Seat, no qual permite levantar os assentos traseiros e criar um grande espaço para transporte de objetos. Além disso, ao rebater os bancos traseiros, os assentos se deslocam para frente criando uma base plana com melhor aproveitamento de espaço. Chega a 1.168 litros de volume, superando os 1.045 litros disponíveis no Fit na mesma condição.
Ainda falando do seu interior, é perceptível a evolução do acabamento do City. Ainda usa bastante plásticos, mas evoluiu muito em comparação aos anteriores.
Nessa geração ganha novas saídas de ar, nova central com tela de 8 polegadas com Apple Carplay e Android Auto integrados sem a exigência de cabos. Essa multimídia é bem mais rápida, ótima definição.
Os comandos do ar-condicionado deixam de ser touch e volta a usar botão.
O painel de instrumentos conta com uma tela digital TFT 7″ de alta resolução no lado esquerdo onde se acessa diversas informações do carro que é personalizável.
Motorização
O City usa o motor 1.5 com 126 cv e 15,8 kgfm de torque, aliado ao câmbio CVT.
Opinião
O Honda City agrada aos novos clientes da marca e com certeza vai agradar aos antigos donos do Fit. Isso porque ele entrega o que o irmão tinha e mais refinamento.
Durante minha estadia em São Paulo, rodei bastante com o hatch, desde cidade a estrada. Sempre em três pessoas. Isso não interferiu em nada, o modelo dava conta do recado. Esse motor 1.5 ainda não é turbo, mas na prática não faz tanta diferença. Pois o motor é em alumínio e tem injeção direta de combustível. Isso faz com que ele tenha mais potência e seja mais eficiente. O problema disso é combustível de má qualidade. Então é saber em qual posto abastecer.

Para finalizar, o Honda City hatchback tem como fim cumprir a missão de ocupar o espaço do Fit e também abrir um leque de novos consumidores que buscaram hatch com qualidade premium.
Recentemente a marca divulgou as novidades da linha 2024.
Agora na linha 2024 ele ganha novas cores, novos equipamentos como o My Honda Connect. Antes disponível somente na versão Touring, agora ele passa a equipar também a intermediária EXL de ambas as carrocerias.
Comandado por um aplicativo no smartphone, o sistema tem como principais funções os alertas e comandos remotos. É possível, por exemplo, abrir os vidros pelo celular, além de receber notificações de colisão, obter a localização do veículo estacionado ou em movimento, alerta de velocidade, dados das últimas viagens e etc.